quarta-feira, 17 de abril de 2013

Campanha Sangue Corinthiano, sempre um Sucesso!



                A campanha de doação de sangue, Sangue Corinthiano, foi idealizada pelo torcedor do Corinthians e doador Milton Oliveira em 2008. Doador desde 2005, Milton criou uma comunidade no Orkut (Dia de Corintiano doar Sangue, http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=53429090) e com o apoio dos amigos a aceitação foi grande, que teve até que criar um próprio site para a campanha (www.sanguecorintiano.com.br), nele o torcedor pode se cadastrar, ver fotos e vídeos dos eventos.

Milton Oliveira teve a ideia vendo uma torcida rival fazendo uma campanha similar. “A ideia surgiu em julho de 2008, eu estava em casa vendo jornal e eu vi uma ação da torcida organizada do palmeiras de doação de sangue, eu pensei poxa, se fosse palmeirense eu ia doar com o maior orgulho do mundo. Mas bom, não sou palmeirense e nem de torcida organizada, nunca ia ficar sabendo de uma campanha dessa forma.
                Então a ideia surgiu de criar uma campanha que atendesse todo tipo de torcedor, torcedor de torcida organizada, que vai ao estádio, que não vai ao estádio, mas todo o torcedor corinthiano, se os palmeirenses estão fazendo isso, pelo amor de Deus, a gente tem que fazer. Estamos ai na luta, são cinco anos, tem dado muito certo, a torcida abraçou a causa, ela sabe que é uma iniciativa dela, que depende dela para dar certo e eu acho que esse é o maior segredo da campanha.”

A primeira doação promovida pela campanha, foi realizada no dia 07 de Setembro de 2008, onde centenas de torcedores colaboraram com a iniciativa, a partir da segunda edição se espalhou pelo Brasil, em diversas cidades e até no Japão com a ajuda da Fiel japonesa.

No primeiro dia da edição desse ano, que aconteceu dia seis de abril, centenas de torcedores, prestigiaram a campanha, mas não apenas torcedores do Corinthians, teve também torcedores de outros times, como é o caso de duas palmeirenses.

Torcedoras do Palmeiras prestigiam campanha Sangue Corinthiano (Foto: Rafael Leal)

“Tem um colega nosso no trabalho que ele falou que participava desse projeto e a gente achou bonita essa ação, a gente perguntou se tinha algum problema ir com outra camiseta e ele falou que não tinha problema, que lá é todo mundo igual. É isso que a gente pensou, mesmo se aqui não fosse dia do Corinthians, se tivesse todo mundo sem camiseta (de clube), é todo mundo é igual, o sangue é igual de todo mundo, então é mais por diversão, ver como é a reação das pessoas, mas a gente veio por causa da ação, de ajudar alguém.” – Najara Peres, palmeirense.

“Geralmente a gente vê torcida de time fazendo bagunça, quebrando coisa, e mostra que não é só isso, que a gente pode utilizar uma torcida de um time para fazer uma coisa muito maior pela vida.” – Jéssica Laura Fernandes, palmeirense.

 Quem também esteve presente no primeiro dia foi o Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanches. 
Ex-presidente do Corinthians,
Andrés Sanches (Foto: Rafael Leal)

             “É minha oitava vez que venho doar, acho que é uma das ações mais bonitas no Corinthians e feita pelo torcedor, e acho que é importante não só para o Corinthians como para o Brasil todo... Nós temos tantos problemas nesse país, se cada uma der um pouquinho, melhora bastante. Acho que hoje, o Sangue Corintiano é a segunda (ação) que mais doa, só perde para os Bombeiros, então é importante, e importante mais é engajar as outras torcidas para ajudar o próximo.”


A edição desse ano em São Paulo aconteceu no hemocentro da Fundação Pró-Sangue no Hospital das Clínicas, entre os dias 6 e 13 de Abril, contou com a presença do ex-presidente do Corinthians Andrés Sanches, do ex-jogador Biro-Biro, o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, do Badauí  e Japinha da banda CPM22, mais vários famosos e é claro com milhares de corintianos.

Até esse pobre radialista/jornalista, que aqui escreve, aproveitou para doar sangue e ajudar um pouco quem precisa.
Escritor desse blog, Rafael Leal doando sangue.





terça-feira, 16 de abril de 2013

Inovando o (meu) repertório

 
                Lendo o artigo do Ricardo César Datrino, pude identificar as diferenças que os jornais Folha de São Paulo e Agora São Paulo apresentam em termo de linguagem, o Folha de SP quase não utiliza frases e palavras mais populares, enquanto o Agora SP utiliza muito.
         
                Esse detalhe deve-se ao fato que o Agora SP é mais popular e atinge as classes mais baixas, onde é mais fácil ter uma linguagem com mais gírias e apelidos, entretanto em alguns momentos o jornal Folha de SP usou as palavras Peixe, apelido do time Santos e Timão, apelido do Corinthians, mostrando que também seus leitores utilizam esse tipo de palavra.
                O texto mostra que o leitor precisa conhecer de futebol, e ter um repertório amplo sobre esse esporte, pois tanto no Agora SP quanto no Folha de SP, aparecem palavras como “puxeta”, “volante”, “cartola”, “tricolor”, “alvinegro” ou “Imperador” e se o leitor não conhecer essas palavras, não entenderá o texto.
                Utilizar frases-feitas como “chutar a crise” é um ótimo modo de falar bastante coisa com menos palavras, e acho bem mais chamativo para um público como é o do torcedor.
                Percebi também ao ler o artigo, que os editores podem utilizar diversos tipos de “linguagens” para fazer de um texto de capa ou mesmo uma linha fina, mais chamativa, mais interessante de se ler, e não apenas trás a informação, como também interage com o leitor de acordo com seu conhecimento no futebol ou mesmo em outros assuntos.
                Misturar filmes com o esporte, usar palavras diferentes ou apelidos no texto, é algo que começarei a fazer com mais frequência.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Naming Rights - Cervejarias podem?

                Antes de começar a falar se é permitido ou não utilizar os direitos sobre o nome (naming rights), de uma arena com uma marca de cerveja, tabaco, herbicidas ou remédios, como foi proposto pelo professor Márcio Andraus, vamos entender o que é “naming rights”.

Credicard Hall

                Naming rights é uma estratégia de marketing em que uma grande empresa coloca seu nome em novas arenas, casas de show ou até mesmo teatros, por um longo tempo de contrato. Aqui no Brasil ainda não é muito utilizado no futebol, como é em cinemas ou teatro como é o caso do Teatro Bradesco ou o Credicard Hall.


Gillette Stadium
                Nos Estados Unidos e na Europa é muito comum esse meio de estratégia de marketing, a Gillette fez isso em 2002, colocou o nome de Gillette Stadium no estádio dos clubes norte-americanos New England Revolution e New Engrand Patriot. Além da Gillette, várias outras empresas tiveram seus nomes colocados em arenas, os casos mais famosos são o do Philips Stadiun do PSV na Holanda, do Emirates Stadium do Arsenal na Inglaterra, do Allianz Arena do Bayern de Munique na Alemanha e das arenas mais bem pagas, Barclays Center do New Jersey Nets e do Citi Field do New York Mets, ambos nos Estados Unidos, no valor de 400 milhões de dólares por 20 anos de contrato.


                Com todo o mundo voltado para o Brasil por causa da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpiadas de 2016, e com os novos estádios sendo construídos ou reformados, é muito previsível que muitas empresas pretenderiam utilizar o naming rights como forma de estratégia de marketing. A Cervejaria Petrópolis saiu na frente e colocou o nome Itaipava no baiano Fonte Nova, e pretende comprar os direitos sobre o nome do Mineirão, Castelão, Arena Pernambuco e Itaquerão.

Lei 9294/96

               A Lei 9294 de 15 de julho de 1996, “dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal.”

Essa lei foi criada para tentar impedir o consumo excessivo das “drogas legais” no Brasil, como cigarros, cerveja ou remédios, restringindo por exemplo qualquer forma de propagando de cigarros, exceto em locais de venda(com algumas restrições) ou de comercial em rádio e televisão de cerveja antes das nove horas da noite e depois das seis da manhã.

Segundo o art. 5º pode fazer propaganda em qualquer horário se não tiver ligação com à programação das emissoras de rádio e televisão desde que apenas com a marca ou slogan do produto, sem a recomendação de seu consumo. Com isso imagina-se que não há restrição alguma para fazer propagandas de cerveja em estádios de futebol, porém no §1º do artigo citado, diz que não pode fazer propaganda estática de bebidas alcoólicas em estádios, veículos de competição e locais similares. 

Portanto...

Itaipava Arena Fonte Nova
No meu entendimento, não pode fazer propaganda de cerveja em estádios, mas será que colocar o nome no estádio de Itaipava é permitido? Sendo apenas um nome, é um bairro da cidade fluminense de Petrópolis, tem problema? Mas é muito visível que se trata da marca de cerveja Itaipava, até a fonte é a mesma. Portanto, não vejo como legal o estádio baiano ter o nome de Itaipava Fonte Nova, ou se vier a acontecer, o Itaquerão chamar Arena Brahma por exemplo. 

Se então for ilegal utilizar o nome de uma cervejaria em um estádio, por que isso acontece? Seria o dinheiro que está envolvido nesse tipo de marketing? Ou simplesmente esqueceram dessa lei?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Banana pra ele!


  Não sei se vocês chegaram a ver no dia 3 de março, o clássico entre o Tottenham e Arsenal, foi um 2x1 para o Tottenham, um belo jogo.

  Mas não foi o jogo em si que chamou minha atenção, foi uma banana arremeçada por um torcedor do Arsenal no meia Gareth Bale, que tinha feito o primeiro gol para o Tottenham. E o que me chamou a atenção foi a punição que o torcedor sofreu por jogar aquela banana. Ele vai ficar 3 anos sem poder entrar em estádios na Inglaterra e ainda pagou uma multa de 250 libras, entorno de 750 reais.

Gareth Bale, meia do Tottenham
Aqui no Brasil, vejo torcedores jogando copos, garrafas, chicletes, sinalizadores, entre outras coisas, e não vejo ninguém sendo punido, e ainda quando algum torcedor é impedido de entrar nos estádios por um período de tempo, é quase impossível alguém impedir ele de entrar, não tem como identificarem ele. O máximo que fazem, é anotar o nome do torcedor, e ele entra com outro nome, sei la.

Está na hora de mudar as coisas por aqui, quem sabe se a punição realmente acontecesse, as infrações diminuissem..

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Simulando a Liberta!



       Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de números, estatísticas, dados, esse tipo de coisa, portanto eu entrei no site da globo.com e fiz uma simulação no simulador da Libertadores, e ficou assim:


          Infelizmente para os sãopaulinos o São Paulo não passou de fase, e claro, meu coringão foi o Campeão! É bem dificil fazer uma simulação e não escolher os resultados pelo coração ou por simples chute, mas quem sabe o que pode acontecer.

  O que você acha que vai acontecer? Estou certo? Quem vai ser o campeão das Américas esse ano?


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Virtualidade real ou Realidade virtual?



Craque virtual Allejo
Sempre gostei de esporte, principalmente do futebol, acompanho os jogos pela televisão, pelo rádio ou nos estádios, e hoje pela internet e smartphones, praticava na escola, na faculdade ou no fim de semana com os amigos e jogo no vídeo game ou no computador. Um dos primeiros jogos de futebol virtual que me lembro de ter jogado foi o Superstar Soccer no Super Nintendo, comparando com os jogos de hoje, os gráficos eram muito simples e dava muitos “bugs”, falhas durante o jogo, mas para época era “fantástico”, e quem ajudou o jogo se tornar tão famoso, foi seu grande artilheiro, o atleta Allejo, era o melhor jogador do jogo, seria um Pelé do futebol virtual, mas ele não existe de verdade, foi uma invenção da empresa do jogo, a Konami, que não comprou os direitos de imagem dos atletas reais, portanto teve que criar todos os jogadores.

            Mas também não posso me esquecer de quando jogava o FIFA 98 com um amigo meu, sempre queríamos jogar juntos no mesmo time, mas como eu sou corintiano e ele palmeirense, acabávamos escolhendo o Flamengo, não lembro por que razão o Flamengo, mas me lembro que tinha muitos Souzas e Silvas no time, mas nenhum Junior Baiano ou Romário.

Esses jogos de videogame que simulam os esportes da vida real, sendo estilo Winning Eleven, jogo de futebol em que o jogador participa da partida controlando os jogadores e escolhe as tácticas, ou estilo Football Manager que o jogador apenas escolhe os jogadores, as tácticas e controla a parte financeira do time, tem sido cada vez mais popular conforme as tecnologias vão ficando melhores, e quem pensa que são apenas joguinhos de criança está enganado, esses jogos são tão competitivos quanto os jogos reais, tem vários torneios pelo Mundo e até campeonatos mundiais.

E para mostrar que não são jogos infantis, e sim são levados bem a sério, o Football Manager é um exemplo disso, ele cada vez traz nomes e características de times e jogadores reais com cada vez mais realidade. Segundo o artigo do Márcio Guerra, tem até empresários utilizando o jogos virtuais como o FM como forma de especular jogadores reais.

Apesar de já ter jogado muitos games de esporte, de futebol ou não, estilo Manager ou não, nunca joguei o Football Manager, já joguei Elifoot 98 e Brasfoot de 2005 até a versão de 2012, similares ao FM mas com gráficos mais simples e mais fácil de ter. Por nunca ter jogado, sempre achei que o FM era apenas uma versão mais cara e com os gráficos melhores dos que já tinha jogado, pois o Brasfoot 2012 por exemplo, tem todos os jogadores dos clubes das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro e seus técnicos, mas lendo o artigo de Márcio de Oliveira Guerra, percebi  quanto o FM se aproxima do real, ele bem mais atualizado, com dados bem mais fiéis às habilidades dos jogadores reais e tem toda a comissão técnica, imagino que deve ser por isso que se tornou o jogo de Manager mais falado, e provavelmente o mais jogado do Mundo. Agora estou curioso para jogá-lo.

Além de videogames, hoje até a mídia social Facebook já tem seus jogos estilo FM em sua lista de jogos, um deles é o PES Association Football da Konami, no qual o jogador começa com um time montado e conforme vai ganhando os jogos vai ganhando dinheiro, vai melhorando o time, contratando outros jogadores melhores, participa de competições e até faz partidas com amigos do Facebook. Eu mesmo tenho jogado esse PES no Facebook e tenho gostado muito, apesar de não ter tudo o que o FM disponibiliza em seu jogo, é muito divertido.

PES AF - Jogo tipo Manager para o Facebook

Não é apenas para me divertir que tenho interesse em jogar jogos como o PES para Facebook ou o FM, eu tenho aprendido muito, e sempre aprendo com esses tipos de jogos, pois apesar de eu gostar de esporte, não acompanho tudo que se passa no futebol, e com jogos como esses, vou descobrindo jogadores que não tem tanta visibilidade e com isso aumentando meu repertório de atletas e times. 

Não é só de futebol que vivem os jogos simuladores(Manager) de esporte, o basquete, o beisebol, o futebol americano e até esportes automobilísticos também tem. Nesse último, tive uma experiência, o F1 2011 para X Box 360, e como conta Márcio Guerra em seu artigo, que o FM utiliza, entre outros recursos da disputa, a entrevista coletiva como mecanismo de avaliação de desempenho, o F1 2012 também tem esse recurso, você que controla o piloto tem uma entrevista coletiva antes das corridas e outra após as corridas.

            Analisando o artigo do Márcio Guerra junto com os conhecimentos que adquiri jogando futebol, sendo virtualmente ou na vida real, acho que apesar de estar tudo muito parecido, e acho que isso é muito bom para nós que gostamos e jogamos esses jogos eletrônicos, temos que tomar cuidado para não confundir o real com o virtual, como o Football Manager já provocou quando criou um atleta, muitos jogadores pensaram que ele existia mesmo, mas era apenas criação do jogo. Como disse meu colega William Douglas em seu texto Mais espetacular que o espetáculo, “A decepção do aluno que assiste o Avine “real” só existe por esperar do jovem um atleta idealizado por um jogo virtual. Este é o perigo que se corre ao supervalorizar o virtual e esquecer que o videogame é quem “nasceu” para copiar a realidade – e não o inverso.”